O caso de hoje não será sobre uma obra nossa ou algum projeto já elaborado e sim sobre o caso do misterioso pilar invertido.
Em um de nossos projetos, tivemos o seguinte problema: a locação e concretagem de uma sapata e o arranque do pilar de maneira invertida ao que era necessário e previsto.
Essa situação passou por todos na obra e quando foi visto pela equipe de execução, já estavam concretados: a sapata e o arranque do pilar. Nesse momento, você pode pensar: "bom, o concreto ainda está com pouca resistência então você pode removê-lo e fazer novamente". Infelizmente essa situação geraria um custo não previsto para a obra e para o contratante, então não poderia ser uma das opções.
Desta forma, nos contataram relatando o ocorrido, endagando se havia como continuar com o pilar nessa posição sem prejudicar o restante do projeto, visto que apenas o arranque da estrutura estava concretado.
Depois de várias verificações no projeto e alterações no vigamento superior deste pavimento, verificamos que era possível manter a locação do pilar, sem alterar de maneira significativa o projeto (tanto o custo como a estrutura do edifício). Assim, repassamos à obra a forma do pavimento superior atualizado e conseguimos solucionar o problema sem gerar custo adicional ao proprietário.
Mas por que estamos contando está situação? Pois na grande maioria das vezes haverão imprevistos na obra e cabe a você analisar e verificar qual é a melhor situação para abordá-los. Talvez para alguns projetistas e equipes de execução o rompimento do elemento e a elaboração de um novo poderia ser a melhor opção, mas para nós, não era. Assim passamos a procurar outra solução que se adequasse ao que estávamos buscando, não acrescentar custo à obra e assim conseguimos solucionar o "pilar invertido", porém, há algumas coisas quem nem a engenharia consegue solucionar, por isso, a verdadeira causa da inversão do pilar ainda permanece um mistério.
Gabriel Comerlato Costa
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